Tirullipa é denunciado pelo MPCE por condutas inapropriadas durante evento em 2022

Reprodução/Rede Sociais

O humorista Tirullipa está novamente no centro de uma controvérsia judicial, em decorrência de sua participação na edição de 2022 da “Farofa da Gkay”, evento que reúne influenciadores digitais e celebridades. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) apresentou, em fevereiro deste ano, uma denúncia formal contra o artista, apontando comportamento considerado inadequado e sem consentimento, envolvendo três mulheres presentes na ocasião.

De acordo com o MPCE, o comediante teria retirado, de maneira forçada, a parte superior dos trajes de banho das participantes Vitória Lopes, Nicole Louise e Natacha Rocha durante uma brincadeira. As vítimas relataram que não haviam autorizado tal ação e, ao assistirem aos vídeos do evento posteriormente, interpretaram a atitude como intencional. Uma quarta mulher, cuja identidade não foi revelada, também teria sido alvo da mesma conduta.

O episódio teve repercussão imediata na época, e a produção do evento optou por pedir a saída de Tirullipa da festa ainda no mesmo dia.

Em depoimento, o humorista negou qualquer irregularidade e afirmou que a dinâmica do momento era conhecida entre os participantes. Ele alegou não ter ultrapassado limites e defendeu que a ação fazia parte do contexto recreativo da festa.

Entretanto, a denúncia apresentada pelo MPCE traz outro entendimento. Para o órgão, há fortes indícios de que o comportamento do artista ultrapassou os limites do aceitável e teve como objetivo expor as participantes de forma constrangedora. Ainda segundo a promotoria, outras mulheres presentes no local também teriam relatado incômodo com atitudes semelhantes, ampliando o alcance da denúncia.

Com base nas evidências reunidas, o Ministério Público denunciou Tirullipa por condutas reiteradas enquadradas na legislação sobre respeito à integridade e à dignidade das pessoas. Dada a gravidade dos relatos, o MPCE afirmou que o humorista não poderá recorrer a alternativas como acordos judiciais ou medidas despenalizadoras.

Um mandado foi expedido no último dia 12 de agosto, intimando o artista a se manifestar oficialmente em até dez dias.