A Polícia Civil de Alagoas segue investigando os desdobramentos do assassinato de Rubens Lima Barreto, de 54 anos, encontrado carbonizado dentro de sua caminhonete, no dia 28 de julho, em um canavial às margens da BR-424, nas proximidades do Polo Industrial de Marechal Deodoro, Região Metropolitana de Maceió. O caso, que chocou a população pela brutalidade, ganhou novos rumos após a prisão de um homem de 29 anos, na última segunda-feira (18).

De acordo com a delegada Juliane Santos, o suspeito, que inicialmente havia sido ouvido como testemunha, passou a ser considerado peça-chave nas investigações, após contradições em seu depoimento. “Ele afirmou que viu a vítima sair sozinha da orla da Massagueira, último local onde Rubens foi visto com vida, no dia 26. Também negou ter estado no veículo da vítima, o que foi desmentido posteriormente pela própria investigação”, explicou a delegada.

A vítima, segundo as apurações, era conhecida por atuar como agiota. O homem detido teria uma dívida com Rubens, levantando a hipótese de que o crime possa ter sido motivado por questões financeiras.

A polícia trabalha com três possíveis linhas de envolvimento do suspeito: ele pode ter servido como isca para atrair Rubens ao local do assassinato; ter sido o mandante do crime; ou até mesmo o executor. A motivação, no entanto, ainda está sob análise. “Queremos entender se foi apenas pela dívida ou se havia outras razões por trás de tamanha brutalidade”, reforçou Juliane Santos.

O homem preso nega qualquer envolvimento com o assassinato. As investigações continuam sob sigilo, e a polícia não descarta a participação de outros envolvidos no crime.

Rubens Lima Barreto foi encontrado dentro da carroceria de sua própria caminhonete, completamente carbonizada. A cena do crime e o modo como o corpo foi ocultado apontam para uma tentativa de dificultar a identificação da vítima e apagar evidências.

A Polícia Civil apura se câmeras de segurança na região da Massagueira e da BR-424 podem trazer novas informações sobre os últimos momentos de Rubens antes da morte. Familiares e amigos foram ouvidos, e diligências seguem em andamento.