Um caso de crueldade contra um cavalo em Bananal, interior de São Paulo, gerou grande comoção nas redes sociais e despertou a indignação de famosos e ativistas pelos direitos dos animais. O animal, que teve suas patas mutiladas com um facão, não resistiu aos ferimentos e morreu, desencadeando uma série de manifestações de repúdio e cobranças por justiça.

O caso, que ocorreu no último sábado (16), foi amplamente compartilhado nas redes sociais, com a cantora Ana Castela, a ativista Luísa Mell e a atriz Paolla Oliveira se manifestando publicamente e pedindo que os responsáveis fossem identificados e punidos.

Ana Castela, com 16,3 milhões de seguidores, foi uma das primeiras a expor sua indignação sobre o caso, classificando-o como uma “covardia”. A cantora, apaixonada por cavalos, usou o Instagram para cobrar respostas das autoridades e pressionar pela justiça. "É inaceitável que algo assim aconteça, e é preciso que todos nos unamos para que esse caso não fique impune", afirmou em sua publicação.

A ativista Luísa Mell, reconhecida pelo trabalho na luta contra maus-tratos a animais, também se posicionou. Com 4,1 milhões de seguidores, ela mostrou sua revolta ao chamar quem cometeu o ato de "monstro" e "covarde". Em seu post, ela pediu punição para os responsáveis e incitou seus seguidores a pressionarem pelas investigações: "Vamos todos exigir justiça!", exclamou Luísa Mell.

A atriz Paolla Oliveira, com mais de 38 milhões de seguidores, também apoiou a causa, após ver a postagem de Luísa Mell. A atriz pediu para que o caso ganhasse mais visibilidade e que medidas severas fossem tomadas contra os responsáveis pela barbaridade.

A investigação

A Polícia Civil de Bananal iniciou as investigações após receber denúncias sobre o caso. O tutor do cavalo, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, foi ouvido pela polícia e, em seu depoimento, alegou que acreditava que o animal já estava morto quando mutilou suas patas com o facão. O jovem, que estava acompanhado de uma testemunha durante uma cavalgada, confessou ter desferido os golpes contra o cavalo, mas disse que o fez sob a impressão de que o animal já estava sem vida.

A testemunha, visivelmente chocada, relatou que ficou tão perturbada com o que presenciou que deixou o local e não soube o que aconteceu depois. Ela ainda revelou que o tutor havia dito: "se você tem coração, melhor não olhar", antes de cometer o ato brutal.

Apesar da confissão do tutor, o caso ainda está sendo investigado, com a polícia tratando-o como abuso de animais, agravado pela morte do cavalo. Até o momento, ninguém foi preso, mas as autoridades locais estão trabalhando para identificar todos os envolvidos.

Repúdio e apoio das autoridades

A Prefeitura de Bananal se manifestou oficialmente, repudiando a crueldade contra o animal e ressaltando que está colaborando com a polícia na investigação. Em nota, a prefeitura informou que encaminhou o caso à Delegacia de Polícia e à Polícia Ambiental para garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos.

“Repudiamos qualquer ato de crueldade contra animais. Estamos trabalhando em conjunto com as autoridades para apurar os fatos e garantir que este caso não fique impune", afirmou a Prefeitura de Bananal.