Usina Guaxuma está em processo de reforma, indicando possível retomada das atividades

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A Usina Guaxuma, pertencente à família do grupo João Lyra, foi flagrada em plena reforma nos últimos dias. Imagens mostram galpões sendo pintados, áreas sendo restauradas e tratores trabalhando na limpeza do entorno da unidade produtiva, sinais claros de uma possível reativação da planta industrial após anos de inatividade.

O fato chama ainda mais atenção por ter ocorrido na mesma semana em que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) realizou nova reunião com movimentos sociais para tratar da situação das terras ocupadas das usinas Laginha e Guaxuma.

A coincidência entre a movimentação no TJAL e a reestruturação física da usina levanta questionamentos.

Segundo informações, mais de cinco mil famílias estão acampadas nas áreas há mais de uma década, aguardando definições no âmbito judicial. No entanto, enquanto o processo de aquisição das terras pelo Incra segue travado por questões burocráticas e judiciais, a Guaxuma parece, aos poucos, voltar à ativa, em um movimento que surpreende e reacende o debate sobre o verdadeiro destino dessas propriedades.

Em meio às incertezas jurídicas, a reforma da usina inaugura um novo capítulo nessa disputa: o de que, mesmo após anos da recuperação judicial, a família Lyra, por meio do administrador judicial, pode estar disposta a retomar o controle da área, reacendendo também as tensões sobre quem, de fato, deve ou não permanecer ali.