A Polícia Militar de Alagoas registrou a apreensão de 653 armas de fogo entre janeiro e maio de 2025, consolidando um aumento nas ações de combate ao porte ilegal de armamento. Os dados são da Seção de Estatística e Análise Criminal (2ª Seção/EMG) e revelam um crescimento de 2,67% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram recolhidas 636 armas, e de 13,17% na comparação com 2023, que registrou 577 apreensões.

Entre os batalhões responsáveis por esses números, o destaque vai para o Batalhão de Polícia Militar de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (BPM/Rotam), sediado em Maceió, que liderou o ranking com 114 armas de fogo retiradas de circulação nos cinco primeiros meses do ano. Em seguida, aparece o 3º Batalhão, com sede em Arapiraca, com 54 apreensões, e o 4º Batalhão, também em Maceió, que contabilizou 40 armas apreendidas.

Doutrina baseada em inteligência e estratégia

De acordo com o comandante da Rotam, major Helquias Pereira, o desempenho da unidade está diretamente ligado à doutrina operacional adotada, que combina inteligência técnica, mapeamento de áreas críticas, treinamento constante e ocupação tática estratégica.

“Esse resultado é reflexo de uma tropa preparada, que treina duro, atua com estratégia e, acima de tudo, é movida por um espírito de corpo e de combate incansável. Os números positivos só são possíveis graças à força da nossa doutrina, que alia inteligência qualificada, ocupação tática estratégica, instruções regulares e o faro aguçado dos nossos operadores”, afirmou o major.

3º BPM em destaque no Agreste

No Agreste alagoano, o 3º Batalhão, sediado em Arapiraca, também vem se destacando. O Pelotão de Operações Especiais (Pelopes) é responsável por parte expressiva das apreensões. Um dos destaques da unidade é o sargento Daniel Lessa, que comanda a equipe Delta do Pelopes. Só neste ano, sua guarnição foi responsável por nove das 54 armas apreendidas pela unidade.

“Em nossas atividades, priorizamos a padronização e o alinhamento das ações. Cada componente da equipe sabe o seu papel diante de uma ocorrência e a confiança entre os membros também é fundamental. Tudo isso faz com que as situações com as quais nos deparamos sejam resolvidas da melhor forma, mesmo aquelas com um grau maior de complexidade, como é o caso da apreensão de armas de fogo”, destacou o sargento, que tem 19 anos de atuação na PM.

Resultado do esforço conjunto

A crescente apreensão de armamentos ilegais é reflexo do esforço das unidades especializadas e do investimento em ações de inteligência, capacitação tática e estratégias operacionais voltadas para o combate ao crime organizado e à criminalidade armada em Alagoas.