Google ativa proteção automática contra roubo de celular no Brasil: saiba como funciona

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A partir de julho, celulares Android no Brasil terão um novo aliado contra furtos: um sistema inteligente de segurança que será ativado por padrão para todos os usuários. A novidade foi desenvolvida especialmente para enfrentar o alto número de roubos de smartphones no país — quase 1 milhão de aparelhos foram subtraídos em 2022.

O novo sistema conta com três recursos integrados que funcionam juntos para bloquear o aparelho em caso de roubo, mesmo que o ladrão desligue a internet ou tente fugir rapidamente.

O primeiro recurso é o bloqueio por detecção de movimento suspeito. Usando inteligência artificial e sensores de movimento, o celular reconhece comportamentos típicos de um roubo, como arrancadas bruscas a pé, de moto ou de bicicleta. Ao identificar esse padrão, o telefone bloqueia a tela automaticamente, exigindo senha, PIN ou biometria para desbloqueio.

O segundo recurso é o bloqueio remoto simplificado. O dono do celular poderá travar o aparelho usando apenas o número de telefone e um desafio de segurança, sem precisar entrar em plataformas ou usar outro dispositivo.

O terceiro é o bloqueio offline automático. Se o telefone for desligado da internet, colocado em modo avião ou perder sinal por muito tempo, ele também será bloqueado automaticamente, impedindo o uso até que o dono o desbloqueie.

Essas ferramentas fazem parte de uma atualização do Google Play Services e serão compatíveis com celulares Android 10 ou superior. Embora os recursos estejam sendo liberados gradualmente, os usuários devem ir até Configurações → Google → Todos os serviços → Proteção contra roubo e ativar manualmente as opções para garantir a funcionalidade.

A decisão de iniciar essa ativação automática no Brasil reforça a gravidade do problema no país e representa um avanço significativo na proteção digital dos brasileiros. A iniciativa complementa ações já em vigor, como o aplicativo Celular Seguro, do governo federal, que bloqueia remotamente dispositivos roubados.

Com a nova tecnologia, a expectativa é reduzir o valor dos aparelhos roubados no mercado paralelo e dificultar o acesso a dados sensíveis, como aplicativos bancários, fotos e mensagens.