Hytalo Santos e Israel Nata Vicente devem ser transferidos para CDP 1 de Pinheiros após prisão

Reprodução/Internet

São Paulo, 18 de agosto de 2025 – O influenciador digital Hytalo Santos, de 28 anos, e seu marido, Israel Nata Vicente, de 33, devem ser transferidos para o Centro de Detenção Provisória 1 (CDP 1) de Pinheiros, em São Paulo, nesta segunda-feira, 18, após permanecerem no 1º DP de Carapicuíba desde a última sexta-feira, 15. A transferência foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).

O casal foi detido na sexta-feira durante uma operação policial em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e, no sábado, após audiência de custódia, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. O caso, que envolve investigações por suspeita de exploração de menores em conteúdos digitais, está sendo conduzido pelo Ministério Público da Paraíba e pelo Ministério Público do Trabalho.

O CDP 1 de Pinheiros, para onde Hytalo e Israel devem ser encaminhados, já enfrenta superlotação. A unidade, inaugurada em 2003, tem capacidade para 521 presos, mas atualmente abriga 889, segundo dados mais recentes da Secretaria de Administração Penitenciária.

As investigações, que começaram no ano passado, ganharam força após denúncias feitas pelo youtuber Felca em um vídeo publicado no início deste mês. Felca acusou Hytalo de explorar e adultizar jovens em suas produções para as redes sociais. A repercussão do vídeo resultou em uma pressão pública e social que acelerou as ações das autoridades, incluindo a prisão do casal.

“A prisão foi uma medida imprescindível para a continuidade das investigações, visto que o casal estaria tentando destruir provas e obstruir o processo, inclusive com intimidação de testemunhas”, afirmou um delegado envolvido na operação.

Além de celulares apreendidos, autoridades também descobriram que Hytalo e Israel planejavam uma fuga, com um veículo da Paraíba sendo identificado como parte do plano. O casal havia programado fugir por Foz do Iguaçu, no Paraná, ou por outra rota fronteiriça no Sul do Brasil.

As investigações continuam a cargo das autoridades da Paraíba, com a polícia de São Paulo atuando apenas como apoio nas operações.