Nesta sexta-feira, o Consulado-Geral dos Estados Unidos em São Paulo comunicou oficialmente o cancelamento dos vistos da esposa e da filha de dez anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. A medida os impede de ingressar no território americano.

O ministério informou que Padilha não foi afetado pela decisão, pois seu visto está expirado desde abril de 2024. A revogação ocorreu após o governo norte-americano ter identificado informações que, segundo eles, indicam que as duas não atendem mais aos critérios de elegibilidade para manter o documento.

A suspensão dos vistos foi anunciada poucos dias depois de os Estados Unidos revogarem os vistos de outros integrantes do Ministério da Saúde que atuaram no programa Mais Médicos, como Mozart Julio Tabosa Sales e Alberto Kleiman. A justificativa para essas decisões foi baseada em críticas ao programa, considerado pelos americanos um "esquema diplomático" que teria explorado profissionais cubanos e beneficiado financeiramente o regime comunista de Cuba.

Em resposta, o ministro Padilha defendeu o Mais Médicos, citando seu impacto positivo na saúde pública e enfatizando sua importância para a população brasileira. Ele classificou as sanções como ataques à soberania nacional e declarou que o programa continuará forte, assim como o sistema de pagamento digital PIX, que também foi alvo de críticas.