PM aponta que execução em Maceió foi ordenada por líder de facção no Rio de Janeiro

Reprodução/Internet

O homicídio ocorrido na última quinta-feira (7) no Conjunto Eustáquio Gomes, em Maceió, foi ordenado por um traficante conhecido como “Salsicha”, que atua a partir do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, ele é apontado como chefe de uma facção criminosa com atuação em diversos estados, incluindo Alagoas.

A vítima, dono de uma oficina mecânica que, de acordo com as investigações, também funcionava como ponto de tráfico de drogas e desmanche de motos, estaria “decretada” para morrer, termo utilizado por facções para indicar uma ordem de execução por quebra de hierarquia ou traição.

De acordo com o major Jasiel Andrade, comandante do 12º Batalhão da PM, o crime foi cometido por Claudionor, integrante da mesma organização criminosa, que teria recebido a autorização de “Salsicha” para executar a vítima.

“O traficante, mesmo distante fisicamente, mantém controle total sobre a facção e suas disputas internas. Essa execução foi autorizada como parte de uma guerra pelo comando”, afirmou o major.

Além da disputa interna pelo poder, a polícia apurou que havia uma pendência financeira entre vítima e autor, relacionada à venda de peças de motos. No entanto, o principal motivo apontado é o conflito dentro da própria facção.

“O crime reflete uma disputa por território e poder nos conjuntos Maceió I e Santa Maria, onde há confronto entre facções e até entre lideranças da mesma facção”, destacou Andrade.

O autor do homicídio foi preso poucas horas após o crime, com a arma de calibre .40 utilizada na execução, além das roupas e do capacete usados na ação. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e entender como as ordens emitidas do Rio de Janeiro chegam até Alagoas.