Rússia e Ucrânia libertam 1.000 prisioneiros de cada lado e concluem troca

Rússia e Ucrânia finalizaram neste domingo (25) a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, em 2022. Ao todo, 2.000 pessoas foram libertadas — 1.000 de cada lado — em uma operação que durou três dias. A troca incluiu soldados e 120 civis.

Neste domingo, 303 prisioneiros ucranianos foram repatriados. “Nossos combatentes das Forças Armadas, Guarda Nacional e serviços estatais estão voltando para casa”, escreveu o presidente Volodymyr Zelensky em uma rede social.

A troca é o único avanço prático após as primeiras negociações diretas entre os dois países em mais de três anos, ocorridas em 16 de maio. Apesar disso, ainda não houve acordo sobre um cessar-fogo. Ucrânia, EUA e aliados pedem uma pausa de 30 dias nos combates para abrir caminho às negociações de paz.

Mesmo com o gesto diplomático, a guerra continua. Na madrugada de domingo, a Rússia lançou o maior ataque aéreo do conflito, com 367 drones e mísseis atingindo várias cidades ucranianas, inclusive Kiev. Ao menos 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Moscou informou que interceptou 95 drones ucranianos no mesmo período. O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse que, com a troca concluída, a Rússia poderá apresentar uma proposta preliminar de acordo de paz.

O conflito, o mais mortal da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, já causou centenas de milhares de baixas militares e dezenas de milhares de mortes entre civis.