Enfermeira é morta pelo ex-companheiro em Fortaleza; crime é tratado como feminicídio

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Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, foi assassinada dentro de casa; ex-namorado foi preso e autuado em flagrante

A enfermeira Clarissa Costa Gomes, de 31 anos, foi assassinada dentro de uma residência no bairro Jardim Cearense, em Fortaleza, na última quarta-feira (9). O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, identificado como Matheus Anthony Lima Martins Queiroz, de 26 anos, que não aceitava o fim do relacionamento.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública, o corpo da enfermeira foi encontrado com sinais evidentes de violência, mas a causa oficial da morte só será confirmada após a conclusão do laudo da Perícia Forense.

Após cometer o crime, Matheus fugiu do local, mas foi capturado por policiais civis em um condomínio residencial na Rua Sebastião de Abreu, no bairro Maraponga. Ele foi encaminhado ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e autuado em flagrante por feminicídio.

Repercussão

A tragédia teve grande repercussão nas redes sociais após a cantora Juliette Freire, campeã do BBB 21, se manifestar publicamente. Em um vídeo emocionado, ela lamentou a morte da amiga:

"Era uma menina maravilhosa, estudiosa, educada, doce, enfermeira neonatal, cuidava dos bebezinhos. Esse era o primeiro namorado dela e a gente nunca soube de absolutamente nada, se era um relacionamento tóxico", desabafou Juliette.

Luto e homenagens

Clarissa era formada pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e atuava como enfermeira neonatal no Hospital Geral de Fortaleza (HGF), que emitiu uma nota de pesar destacando a dedicação da profissional e prestando solidariedade aos colegas e familiares.

O Sindicato dos Enfermeiros do Ceará também se pronunciou sobre o caso:

"Toda a categoria do Ceará se une em luto, somando-se às vozes que exigem justiça por Clarissa e por todas as mulheres vítimas de violência", publicou a entidade.

Violência contra a mulher

O caso reacende o debate sobre os altos índices de feminicídio no Brasil e a urgente necessidade de políticas públicas efetivas para proteção de mulheres em situação de risco. Clarissa é mais uma vítima de uma realidade trágica que afeta milhares de brasileiras todos os anos.

O inquérito segue em andamento no DHPP, e o suspeito deverá responder por feminicídio, com agravantes previstos na legislação penal.