O acúmulo de lixo nas proximidades do Porto de Maceió, no bairro do Jaraguá, tem causado preocupação e revolta entre pescadores da região. Nesta segunda-feira (30), o pescador José Washington de Oliveira registrou em vídeo e fotos a grande quantidade de resíduos espalhados pela faixa de areia, alertando para os impactos ambientais e sociais provocados pelo problema.

Segundo o trabalhador, o lixo começou a se acumular com o início da quadra chuvosa na capital alagoana. A principal suspeita, segundo ele, é o esgoto do Salgadinho, que despeja resíduos diretamente no mar. Com o vento e as marés, os detritos são empurrados até a área próxima ao muro do antigo local onde havia uma favela.

“Foi aqui na praia do Jaraguá. Tem mais ou menos um mês que está essa sujeira todinha, porque o esgoto Salgadinho, que não é riacho, joga a água com o lixo para o mar. Tem um vento que joga lá para o canto do muro, onde antigamente tinha a favela”, explicou José Washington.

A situação tem afetado diretamente a rotina da comunidade pesqueira local, que depende das condições do mar para garantir o sustento. O acúmulo de lixo compromete não apenas o meio ambiente, mas também a qualidade do pescado e a segurança sanitária da atividade pesqueira.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Maceió para saber qual a frequência da limpeza na região e quando o lixo acumulado será retirado. Até o momento, não houve resposta. O texto será atualizado assim que houver um posicionamento oficial.

Enquanto isso, os pescadores cobram ações urgentes do poder público para evitar que a situação se agrave com o avanço do período chuvoso. “O mar está virando lixeira. A gente não pode mais pescar tranquilo, porque vem lixo de todo tipo”, lamentou o pescador.