STF revoga prisão de Mauro Cid; ex-ajudante de Bolsonaro será ouvido pela PF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, chegou a decretar a prisão do tenente-coronel Mauro Cid nesta quinta-feira (13), mas revogou a decisão logo em seguida. Cid, que foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido ainda hoje pela Polícia Federal (PF).

Segundo a defesa do militar, ele chegou a ser conduzido para um batalhão do Exército, onde cumpriria a ordem de prisão, mas não chegou a ser efetivamente detido devido à revogação imediata do mandado.

A decisão faz parte do inquérito que investiga a suposta tentativa de fuga do país por parte de Mauro Cid, após o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, ter tentado obter um passaporte português em nome do militar. A Polícia Federal interpretou a ação como uma possível tentativa de obstrução das investigações da trama golpista que tramita no STF.

Gilson Machado foi preso na manhã desta quinta-feira em sua residência, localizada em Recife (PE).

Mauro Cid confirmou que solicitou a cidadania portuguesa em janeiro de 2023, pouco depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, mas afirmou que não sabia da movimentação de Machado. De acordo com a defesa, o pedido foi feito “única e exclusivamente” porque sua esposa e filhas já possuem a cidadania portuguesa.