Bolsonaro presta depoimento ao STF e nega envolvimento em tentativa de golpe de Estado

O ex-presidente Jair Bolsonaro prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Na ocasião, Bolsonaro negou envolvimento em qualquer plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e afirmou que nunca incentivou medidas fora da legalidade. O depoimento faz parte do inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, que investiga uma organização criminosa formada por aliados do ex-presidente, com o objetivo de subverter o resultado eleitoral por meio de medidas inconstitucionais.
Durante o depoimento, Bolsonaro disse não ter escrito, autorizado ou participado da elaboração da chamada “minuta do golpe”, um documento apreendido na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que previa uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a convocação de novas eleições. O ex-presidente declarou que nunca leu o documento, nem teve conhecimento de seu conteúdo enquanto estava no cargo, atribuindo sua autoria a terceiros, incluindo o ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Ele ressaltou que, mesmo insatisfeito com o resultado das eleições, jamais cogitou tomar medidas que violassem a Constituição Federal.
Bolsonaro também comentou sobre encontros com comandantes das Forças Armadas no período pós-eleitoral. Segundo ele, as reuniões foram institucionais e trataram de assuntos administrativos e de segurança pública, sem qualquer pauta golpista. Ele afirmou que o Exército Brasileiro sempre agiu dentro da legalidade e que jamais recebeu qualquer ordem para apoiar ou executar atos contra a democracia.
Em determinado momento, o ex-presidente adotou um tom mais conciliador e até pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por declarações passadas, nas quais o atacou publicamente. Ele tentou amenizar o clima ao fazer uma piada dizendo que “Moraes poderia ser seu vice em 2026”, o que não gerou qualquer reação por parte do ministro.
As investigações continuam em andamento, e outros aliados de Bolsonaro também prestaram depoimentos, como os generais Augusto Heleno e Braga Netto, além do próprio Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. Cid já declarou à Polícia Federal que houve sim discussões sobre decretos para reverter o resultado das eleições e que o ex-presidente teria ciência desses planos, embora Bolsonaro negue categoricamente.
A Procuradoria-Geral da República sustenta que houve uma articulação estruturada para desacreditar o processo eleitoral, incluindo a propagação de fake news sobre as urnas eletrônicas, a elaboração de medidas com aparência jurídica para embasar uma possível intervenção militar e o estímulo a protestos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.
Com o avanço das investigações, cresce a possibilidade de que Jair Bolsonaro seja formalmente acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado. Caso se torne réu, ele poderá enfrentar sanções severas, incluindo a inelegibilidade e até penas de prisão, dependendo da gravidade das conclusões do STF. O julgamento deste caso será determinante para o futuro político do ex-presidente e poderá influenciar diretamente o cenário das eleições de 2026.
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