Ex-anestesista é condenado a 30 anos de prisão por estupro de mulheres durante parto na Baixada Fluminense

O ex-anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi condenado a 30 anos de prisão, em regime fechado, pela 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, por estupro de vulnerável. A sentença também determina que ele pague indenização de R$ 50 mil para cada uma das duas vítimas.
Bezerra foi preso em julho de 2022 após ser flagrado abusando sexualmente de uma mulher durante um parto cesárea no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti. A vítima estava sedada no momento do crime, que foi filmado pela equipe de enfermagem presente na sala de cirurgia. A equipe acionou a chefia do hospital, que rapidamente comunicou a Polícia Civil. No mesmo dia, o anestesista cometeu o mesmo crime contra uma segunda paciente, também sob sedação, cujos detalhes não foram divulgados.
Durante as investigações, depoimentos revelaram que Giovanni Bezerra frequentemente pedia para que os maridos das pacientes deixassem a sala de cirurgia no meio do procedimento. Ele também teria aplicado altas doses de sedativos sem necessidade, facilitando a prática dos abusos.
Além da condenação criminal, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) cassou o registro profissional de Bezerra em março de 2023, aplicando a penalidade máxima prevista na legislação, o que impede o ex-médico de exercer a medicina em todo o Brasil.
Atualmente, Giovanni Quintella Bezerra está detido no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. A Justiça também negou o pedido da defesa para que ele pudesse recorrer em liberdade.
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