Papa Leão XIV Clama por Ajuda Humanitária em Gaza e Fim Imediato das Hostilidades

Agência Brasil

O Papa Leão XIV fez um apelo contundente nesta quarta-feira (21), durante sua primeira audiência geral semanal na Praça de São Pedro, pedindo a Israel que permita a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, onde a situação continua a se deteriorar de forma alarmante. O pontífice descreveu a situação como “ainda mais preocupante e triste” e renovou seu apelo para que cesse as hostilidades, destacando que crianças, idosos e doentes são as maiores vítimas do conflito.

“Renovo meu apelo… para que permita a entrada de ajuda humanitária justa e ponha fim às hostilidades, cujo alto preço é pago por crianças, idosos e doentes”, disse o Papa Leão XIV, que foi calorosamente recebido por uma multidão durante o evento. O novo papa, que assumiu há apenas duas semanas, também é o primeiro líder americano da Igreja Católica.

A questão de Gaza tem sido uma das principais preocupações de Leão XIV desde o início de seu papado. Em sua primeira mensagem de domingo, 11 de maio, ele pediu um cessar-fogo imediato e a libertação de reféns israelenses mantidos pelo grupo militante Hamas. A situação em Gaza continua a ser marcada por intensos ataques militares, com um alto número de vítimas, incluindo civis.

Na segunda-feira (19), Israel anunciou que permitiria a entrada de ajuda humanitária em Gaza, após um bloqueio de 11 semanas, no entanto, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), nenhuma ajuda havia sido distribuída até a terça-feira (20).

O apelo do Papa ocorre após o anúncio do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, de que o Reino Unido suspendeu as negociações de livre comércio com Israel, além de convocar o embaixador israelense para discussões sobre a situação em Gaza.

O governo de Israel, por sua vez, declarou sua intenção de intensificar as operações militares contra o Hamas e de controlar a totalidade da Faixa de Gaza, devastada pela guerra aérea e terrestre desde o ataque transfronteiriço do Hamas em outubro de 2023. Israel justificou o bloqueio com a necessidade de impedir que militantes palestinos desviassem a ajuda humanitária, o que foi negado pelo Hamas.