Um padre católico do estado do Alabama, nos Estados Unidos, está sendo investigado após alegações de que teria mantido um relacionamento prolongado e impróprio com uma jovem que conheceu quando ela ainda era menor de idade. O caso, que levanta preocupações sobre conduta pastoral, envolvimento financeiro e quebra de confiança, foi revelado por meio de um depoimento publicado pelo jornal britânico The Guardian.

O religioso envolvido é Robert Sullivan, de 61 anos, que atuava como líder da Our Lady of Sorrows Church (Igreja Nossa Senhora das Dores), na cidade de Homewood. Ele foi afastado de suas funções enquanto o caso é apurado.

A denunciante, Heather Jones, hoje com 33 anos, afirma que conheceu o padre em 2009, quando tinha 17 anos. Na época, ela trabalhava em um ambiente adulto, onde Sullivan seria frequentador. Segundo Heather, ele se aproximou oferecendo ajuda financeira e prometendo "mudar sua vida". Mais tarde, a proposta se transformaria em um acordo para encontros privados, que incluiriam apoio financeiro contínuo.

De acordo com Heather, o entendimento entre os dois foi formalizado por meio de um acordo de confidencialidade, no valor de US$ 273 mil (aproximadamente R$ 1,4 milhão), assinado ainda durante sua juventude. Ela afirma que se sentiu pressionada a aceitar a proposta, devido ao seu estado emocional na época.

Como prova da relação, Heather entregou à imprensa documentos legais, registros bancários e comunicações por e-mail. Ela também relatou que, ao longo dos anos, foi levada a diversos locais pelo padre, incluindo jantares, viagens e estadias em hotéis em diferentes cidades do Alabama.

A motivação para tornar o caso público agora, segundo ela, é a preocupação com o fato de Sullivan ainda exercer atividades em contato direto com famílias e jovens da comunidade religiosa. "Tenho medo de que outras pessoas possam estar vulneráveis à mesma situação que eu vivi", declarou.

Até o momento, nem Sullivan nem representantes da igreja se manifestaram oficialmente sobre o caso. As autoridades locais e a diocese devem investigar a conduta do padre à luz das alegações feitas.