A Polícia Civil de Alagoas revelou nesta quinta-feira (17) que o motorista por aplicativo Josivaldo dos Santos da Silva forjou o próprio sequestro e o incêndio do seu veículo com o objetivo de receber o valor do seguro veicular, avaliado em R$ 50 mil.

De acordo com as investigações conduzidas pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (DRACCO), Josivaldo comprou gasolina em um posto de combustíveis, conduziu o veículo até uma área isolada e ateou fogo no carro intencionalmente. Durante a ação, ele acabou se ferindo e procurou atendimento médico, apresentando uma versão falsa à polícia.

“Ele comprou combustível, levou o veículo para um lugar e ele mesmo ateou fogo no veículo, quando acabou se queimando. Tudo com o objetivo de receber o valor do seguro. Não existiu nada de ‘queimado vivo’ como foi alegado”, explicou o delegado Igor Diego, diretor do DRACCO.

Versão falsa e investigação

No último sábado (13), Josivaldo afirmou à polícia que havia sido sequestrado por dois criminosos ao parar o carro na Rota do Mar, no bairro Guaxuma, em Maceió. Ele alegou que foi levado vendado até um canavial, onde teria sido queimado vivo, mas conseguido escapar após uma luta com os supostos agressores.

O relato inicial gerou comoção e mobilização das autoridades. O carro incendiado foi encontrado em uma área rural no Benedito Bentes, e recolhido pela seguradora. Josivaldo recebeu atendimento na UPA do bairro, e em seguida prestou depoimento à polícia.

Contudo, a apuração minuciosa desmentiu sua versão, revelando que não houve sequestro, nem agressão por terceiros.

Consequências legais

A Polícia Civil informou que Josivaldo será autuado por falsidade ideológica, comunicação falsa de crime e estelionato. Somadas, as penas pelos crimes podem chegar a 10 anos de prisão.