Reconstituição da morte de Gabriel Lincoln será realizada com presença de peritos, delegados e Ministério Público

Família contesta versão policial e pede justiça pela morte do adolescente de 17 anos
A reconstituição da morte de Gabriel Lincoln, de 17 anos, será realizada nesta segunda-feira (15), no mesmo local e horário em que o jovem foi baleado e morto, por volta das 20h, em uma avenida movimentada de Alagoas. O procedimento contará com a presença de peritos criminais, testemunhas, delegados da Polícia Civil e representantes do Ministério Público do Estado.
A reprodução simulada foi solicitada pela família do adolescente, representada pelo advogado Gilmar Torres, com o objetivo de fornecer novos elementos à investigação e questionar a versão apresentada inicialmente pela Polícia Militar, de que Gabriel teria reagido armado a uma abordagem.
Gabriel foi atingido por disparos de arma de fogo no dia 3 de maio, enquanto passava de moto por uma avenida. Ele não resistiu aos ferimentos. Segundo a versão oficial da PM, o jovem teria desobedecido a uma ordem de parada e efetuado um disparo contra os agentes, que reagiram atirando. Um revólver calibre 38 foi apreendido na cena.
Entretanto, a família da vítima contesta veementemente essa narrativa. Familiares afirmam que Gabriel nunca portou armas e que o revólver teria sido plantado pelos próprios policiais envolvidos. A suspeita levantou forte comoção social, com protestos realizados por amigos e parentes tanto nas ruas quanto nas redes sociais.
“O Gabriel era um menino bom, trabalhador, nunca se envolveu com crime nenhum. Essa versão que deram não se sustenta”, declarou um tio da vítima durante manifestação recente.
Exame balístico e investigação
O Instituto de Criminalística de Alagoas realizou um exame balístico na arma apreendida e constatou que ela estava em perfeito estado de funcionamento e que um disparo foi efetuado. No entanto, o laudo não conseguiu esclarecer quem disparou e em que momento o tiro foi dado — lacunas que a reconstituição pretende ajudar a esclarecer.
Diante da repercussão do caso, a Delegacia Geral da Polícia Civil criou uma comissão especial para acompanhar as investigações. A apuração está sob responsabilidade dos delegados Sidney Tenório (diretor da Polícia Judiciária 1), Alexandre Leite (diretor da Polícia Judiciária 3) e João Paulo Tenório (coordenador da delegacia da 5ª Região).
A expectativa é de que a reprodução simulada ajude a esclarecer detalhes essenciais da abordagem e dos tiros que tiraram a vida de Gabriel. O Ministério Público acompanha o caso e poderá recomendar novas diligências, dependendo do resultado da reconstituição.
Enquanto as investigações continuam, a família segue cobrando justiça. “Não vamos descansar enquanto a verdade não aparecer. O Gabriel merece isso, e a sociedade também”, afirmou o advogado Gilmar Torres.
Funcionário da ALE invade rádio após denúncia sobre esquema na saúde de Penedo
Ministério Público apura denúncia sobre possível funcionário fantasma da ALE que atua como radialista em Penedo
“Tive que chorar para ser atendida”: Moradora desabafa e diz que saúde pública de Penedo “não vale nada”
Homem é preso em Maceió após praticar assaltos disfarçado de entregador de aplicativo
Incêndio de grandes proporções destrói veículos em garagem no interior de Alagoas

Professora é agredida por aluno dentro de escola estadual em Pão de Açúcar (AL)

Polícia Civil deflagra Operação Shamar e prende 20 suspeitos de violência contra mulheres em Alagoas

Gari é morta a tiros durante o trabalho em Teotônio Vilela (AL); polícia investiga o caso

Incêndio de grandes proporções destrói veículos em garagem no interior de Alagoas

Homem é preso em Maceió após praticar assaltos disfarçado de entregador de aplicativo